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sábado, 17 de noviembre de 2007

Traz-me

Traz-me uma caneca com chá por favor. E um dicionário. Isto tinha que acontecer alguma vez. Um espinho tragado como um espargo escorregadio. Toda a noite sem dormir. Os dias assim repetem-se e trocam-se. As noites são dia e os dias noites longas que não vão ter nunca um final porque eu ainda não o escrevi. Será… nunca. Nunca será. Não posso esperar nada de mim. Um final ameno e é tudo. Sou tão trágica que me transformo nos doentes imaginários de todas as doenças. Têm tudo mas nunca lhes passa nada ou será ao contrário como lhes dizem.Às sete da manhã ainda estava acordada, no outro dia. Isto foi no outro dia. E no outro também. O dia antes. Hoje ainda não são sete. Mas isso não importa. Quero um chá. Ou talvez não. Era um pretexto para começar um texto estúpido que fala de coisa nenhuma. Apetece-me esborratar palavras. Olha, apetece-me escrever cacto, borboletas… mas sou incapaz de falar do que quer que seja. Estic fregida del cap. De tot el cos. Una merda, diguem. Podeis dizer que isto não vale nada. São verborreias. Eu gosto mesmo é de chamar-lhes vómitos. Agora mesmo estou com uma vontade…Trazes-me o telefone por favor? Espero que não seja demasiado tarde. Não faço ideia. De qualquer forma não tenho nada para dizer como já tinha dito e volto a dizer só para deixar bem claro. Ando para aqui às voltas e ainda não percebi para onde é que me vou virar. Se quero a cama ou o sofá. Se quero ficar acordada ou não.Isto não vale nada. Trazes-me uma toalha encharcada por favor?
Descobri que tenho febre.



Text by p.

Tenho Febre

Photo by p.